Salve, programador(a)! Mais uma vez estamos aqui para trocarmos uma ideia sobre um tema que pode te inspirar ainda mais na sua jornada de programador(a).
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Amigo(a) leitor(a), hoje iremos falar acerca de uma temática que está em repercussão no cenário digital, sobretudo as empresas que trabalham com tecnologia. Você sabia que esta área, segundas pesquisas feitos pela Brasscom, terá um alto déficit de desenvolvedores de softwares? Como isso poderá impactar neste setor? Quais motivos para este provável acontecimento ? Acompanhe-nos e entenda melhor
Temos profissionais suficientes que atendam a demanda do mercado de trabalho ?
De acordo com pesquisas feitas, em até 3 anos, a contar de 2022, o nosso país terá uma elevada carência de profissionais que poderá chegar a159 mil que desenvolvem software e serviços de tecnologia da informação. Mas esses números podem aumentar para em torno 800 mil unidades que precisarão de mão de obra qualificada no Brasil.
Como podemos notar o déficit ocorre, porque a quantidade de vagas ofertada não é preenchida por profissionais qualificados suficientes. Existe um quantitativo abaixo do esperado de desenvolvedores de software no Brasil. Não é só isso. porque boa parte destes desenvolvedores escolhem trabalhar fora do país, por influencia de um salário mais atrativo e isso faz com que muitos da área de TI (desenvolvedores de software, engenheiros de redes, software e telecomunicações, cientistas de dados, segurança da informação e privacidade de dados) deixem algumas empresas do nosso país para viver no exterior.
Não é somente por um salário alto que os desenvolvedores se deslocam para outros países ou não chegam a concluir o curso. Existem alguns possíveis motivos. Vamos conhecê-los
Temos uma educação eficiente ? O foco está na teoria ou na prática ?
Amigo(a) leitor(a), de que adiante fazer vários cursos, ter muitas formações, mas não se põe em prático o que foi estudado. É comum que escolas técnicas ou faculdades apresentem mais a parte teórica do que a prática. Mas esta escolha afeta os profissionais de forma direta, pois a preparação não é o suficiente para que os profissionais atendam ao que é procurado por muitas empresas, como um bom domínio em programar códigos muitas vezes complexos.
Podemos destacar também que essa praticidade de cursos de curta duração (muito recorrente nos dias de hoje) pode não se aprofundar em uma parte mais prática, até pela duração do curso. Porque, muitas vezes, a teoria se torna o caminho mais “rápido” para se conseguir o tão sonhado diploma ou certificado. Essa aceleração possui o lado mais imediato porque otimiza a aprendizagem, mas existe este risco de não se aprofundar ou praticar a programação, o que gera um abismo entre a formação e o que se espera do mercado de trabalho. Falando nisso, muitas empresas fazem capacitação de seus profissionais neste quesito para não perder mais profissionais na área para exterior ou até para concorrentes que podem fazer esta preparação.
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Os salários motivam ?
Se formos notar os acontecimentos mais recentes, perceberemos que a pandemia deixou mais claro a importância dos desenvolvedores de softwares. Imagine não receber um salário a altura da sua formação, mas no exterior essa realidade não é assim. Mas muitos escolhem ir para o exterior, por vezes, para ter mais experiência, aprimorar o currículo para quando voltar ao Brasil (caso escolha voltar, pois muitos constroem uma nova vida a fora), eles possam até montar sua próprio empresa. Vários são os motivos para os profissionais buscarem sair do Brasil, mas essas razões que mencionamos no texto são as mais comuns.
Me formei, preciso aprofundar na área ?
Um ponto de extrema relevância e que não é tão repercutido no mercado é o desinteresse dos desenvolvedores de softwares para continuarem a estudar. Essa continuação pode ser tanto de uma pós (especialização, mestrado, doutorado); outros bacharelados que se aproximam da área; cursos específicos para se aprofundar numa área.
A ideia é aprender cada vez mais e não se contentar com o que foi estudado como se fosse uma informação suficiente. Sabemos que a oferta está em alta, ou seja, muitas empresas estão precisando de mão de obra qualificada, mas a questão é que existe uma desestimulação, falta de interesse para se capacitar cada vez mais.
Ainda mais nesta profissão que exige profissionais “atualizados” em termos de notícia, lançamentos de softwares ou programas que fazem parte do dia a dia de um estudante de tecnologia.
Investir vale a pena ?
Muitas empresas, aliás até escolas de ensino básico estão ofertando cursos profissionalizantes em computação para tentar diminuir esta demanda e com isso empregar seus alunos no mercado de trabalho com o objetivo deles investirem ainda mais na área para fazer uma graduação. Os cursos, muitas vezes, são gratuitos, pois muitos não têm condições para se capacitar em escolas privadas. Este investimento ajuda a escola a identificar alunos com talentos na área que talvez não seriam notamos se não tivesse a oportunidade de aprender. Por isso muitas empresas ou setores educacionais estão acelerando em ofertar uma capacitação o quanto antes.
Ter uma base sólida é eficaz ?
Muitas formações da área de tecnologia possuem uma duração de até dois anos, mas isso será o suficiente para que o aluno tenha toda a base, aliás domine todo o conhecimento introdutório necessário. O diretor da Rocketseat concorda com nossa colocação e complementa que “A gente tem muita dificuldade não porque não existe graduação técnica, mas porque hoje o processo de atualização de uma grade de ensino numa universidade leva aproximadamente dois anos”. O ideal é que o conhecimento básico que ocorre, no geral, por meio da graduação ocorra por mais tempo e isso faça com que muitos alunos ou alunas estejam familiarizados com este ambiente, como por exemplo, as startups.
Ter uma base sólida, uma boa noção do básico na programação ajuda você a ter melhores desempenhos na área. Vamos pensar: se você não domina com profundidade, ou pelo menos próximo a isso, o conhecimento básico, como você pode avançar para comandos mais exigentes.
A tecnologia move-se ou fica estagnada ?
Como falamos nos parágrafos anteriores, é pertinente que os profissionais devam estar se renovando constantemente, pois esta área apresenta muitas inovações e o que antes era “atual” hoje pode ser “ultrapassado” e com isso o que foi aprendido num momento como “certo”, em outro momento estará desatualizado.
“A tecnologia que é utilizada hoje pode, daqui a dois anos, ser obsoleta”, alerta. Ele aponta que as instituições de ensino superior, por vezes, formam profissionais que não estão preparados para o mercado. Dessa forma, assim que pegam o diploma, estão com conhecimento desatualizados.
A educação é uma solução ?
Vamos refletir, e se quando entrássemos no ensino médio, as escolas nos apresentassem este mundo da programação o quanto antes. Muitos profissionais da área se identificaram com TI depois de fazer uma graduação em outra área que não dialoga com a programação e até atuar em outras áreas para depois se identificarem com a programação.
Essa conscientização feita com qualidade, poderá potencializar muitos estudantes independente da idade. Imagine ter a possibilidade de estudar, de forma introdutória, no seu ensino médio, por exemplo, Java, Phyton, Lua, SQL e outras linguagens de programação. Apresentar este setor para os alunos ou alunas poderá acelerar muitos alunos a buscar fazer uma faculdade por exemplo.
Destacamos também que segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma parte considerável dos empregos hoje utilizam tecnologias para ocorrerem e mais de trinta por cento dos empregos se tornarão tecnológicos.
Todos esses aspectos contribuem para que a área tecnológica fique mais “atrativa”. Pensando nisso, a educação, aliás, estudar esse conteúdo de forma didática e na escola, pode ser uma forma de otimizar a preparação deste alunos para a área de programação.
Referências
https://imasters.com.br/carreira-dev/apagao-de-profissionais-de-ti-a-saida-esta-na-educacao
https://exame.com/carreira/razoes-faltam-desenvolvedores-softwares-brasil/
One thought on “Por quê faltam devs no Brasil?”