Será que ainda vale a pena aprender ou usar C e C++?
Com o crescimento de linguagens modernas como Rust, Zig e Go, muitos desenvolvedores questionam a relevância do C/C++. Neste artigo, vamos analisar a viabilidade do C e C++ no longo prazo, comparando com as opções mais recentes e mostrando onde essas linguagens continuam imbatíveis.
Por que C e C++ ainda são tão usados?
Apesar de terem mais de 50 anos, C e C++ continuam sendo amplamente utilizados em sistemas operacionais, drivers, bibliotecas nativas, bancos de dados e softwares embarcados. Isso acontece porque:
- são linguagens extremamente performáticas
- oferecem controle total de memória e alocação
- são portáveis e funcionam em praticamente qualquer hardware
- grande parte da infraestrutura da internet e da tecnologia moderna foi construída com elas
Linguagens modernas substituem o C e C++?
Rust surgiu com a proposta de resolver problemas clássicos do C/C++, como a segurança de memória. E embora seja realmente uma linguagem poderosa, ela não é perfeita. Como destacado no vídeo, ainda é possível escrever código inseguro em Rust.
Além disso, a curva de aprendizado pode ser mais íngreme, e o hype em torno da linguagem nem sempre reflete sua aplicabilidade prática em todos os contextos.
Rust, Zig, Go: Qual é a melhor alternativa ao C?
Rust é seguro, mas exige mais
Rust é mais seguro por padrão, mas isso vem ao custo de mais burocracia e menos ergonomia. Você precisa pensar muito mais para escrever código simples, o que pode aumentar o tempo de desenvolvimento.
Zig é promissor
Zig está ganhando espaço por ser mais próximo de C e permitir integração direta com código legado. Ele funciona como um compilador alternativo de C e pode ser usado em conjunto, o que facilita a migração gradual — um modelo parecido com o que o TypeScript faz com JavaScript.
Go segue outro caminho
Go tem foco em simplicidade e produtividade. É ideal para servidores, aplicações web e microserviços, mas não substitui C/C++ em áreas críticas como drivers, sistemas embarcados ou tempo real.
Segurança vem do programador, não da linguagem
Um dos pontos principais abordados no vídeo é que nenhuma linguagem é segura sozinha. Tudo depende da experiência de quem escreve o código. Ferramentas como:
- Valgrind
- cppcheck
- clang-tidy
são essenciais para garantir que projetos em C e C++ sejam robustos e estáveis. A habilidade e os processos são mais importantes que a linguagem em si.
C ainda é a linguagem mais portátil do mundo
Uma das grandes vantagens do C é sua portabilidade extrema. Softwares escritos em ANSI C rodam em praticamente qualquer sistema operacional, com ajustes mínimos. Isso acontece porque:
- C é uma espécie de “interface universal” para sistemas
- bibliotecas como Lua e Python têm seus cores escritos em C
- a maioria das linguagens modernas dependem de código C nos bastidores
C e C++ não são linguagens ultrapassadas
Linguagens ultrapassadas são aquelas que ninguém mais usa, como Pascal ou Perl. Já C e C++ seguem vivos e fortes. Segundo o vídeo:
- mais de 90% dos softwares críticos ainda são escritos nessas linguagens
- elas passam por homologacões rigorosas como MISRA e DO-178C
- são a base de sistemas complexos como aviação, medicina e automação bancária
Conclusão: C e C++ ainda têm muito futuro
Apesar das novas linguagens ganharem popularidade, C e C++ continuam sendo pilares do desenvolvimento de software de baixo nível. São estáveis, portáveis e extremamente performáticas. E mesmo com a chegada de Rust e Zig, o mercado ainda depende muito dessas linguagens.
Aprender C ou C++ em 2025 ainda é uma excelente escolha, principalmente para quem quer trabalhar com sistemas embarcados, segurança, performance ou engenharia de software.