Estudos

Coding Dojo: uma prática transformadora na computação

Tempo de leitura: 5 min

Salve, programador(a)! Mais uma vez estamos aqui para trocarmos uma ideia sobre um tema que pode te inspirar ainda mais na sua jornada de programador(a), Coding Dojo.

Tenho certeza este texto vai acrescentar ainda mais na sua caminhada de programador(a). Antes de iniciar a nossa conversa. Inscreva-se em nosso canal Luaverse, no youtube também e receba muitas dicas de programação e tecnologia.

Inscreva-se na nossa newsletter para não perder nenhum artigo do nosso blog.

Amigo(a) leitor(a), hoje iremos falar acerca de uma prática cada vez mais habitual na área de programação: a prática do Coding Dojo. Mas qual é utilidade desta metodologia ? Como a programação faz parte disso ? Acompanhe-nos e entenda melhor.

Programar é uma atividade que exige desafios, não é, a toa, que existe um número elevado de desistência dos cursos de computação no Brasil, já que muitos alunos reprovam em disciplinas ofertadas nos cursos desta área por não terem aptidão para resolver problemas de programação. Essa falta de domínio acaba por desmotivar muitos alunos.

Leia também: O que são metodologias Ágeis?

Muitos são os motivos que podem desencadear essa desistência que são:

  • Rigidez ou dificuldade para elaborar modelos mentais adequados;
  • Dificuldade para desenvolver competência lógico-matemática em solucionar problemas matemáticos; não possuem interesse para se fazer trabalho em conjunto, colaborativo;
  • ausência de reflexões, criatividade para apenas o uso decorativo de fórmulas, sem produzir qualquer senso crítico ou questionamento na área em que atua, ou seja, o aluno não coloca em prática o que estuda.

Foi pensando nisso que surgiu o entendimento de usar novas metodologias no processo de ensino/aprendizagem com a finalidade de melhorar ainda mais as habilidades dos alunos para ter autonomia, trabalho colaborativo, resolução de problemas, produção de novas estruturas de dados, criação de algorítimos usando linguagens de programação.

Vou dizer de uma forma mais clara e objetiva: buscar aprimorar ou desenvolver habilidades dos alunos que convivem com a matriz curricular de programação, por exemplo, TI, ciências da computação e Engenharia de Softwares possuem esta disciplina, ao mesmo tempo em que os alunos são continuamente desafiados a solucionar problemas de programação.

Nesse sentido, você já imaginou testar códigos, pensar antes de programar a solução de problema e outras habilidades de maneira colaborativa, em grupo e de forma produtiva?

É a partir disso que o Coding Dojo é um viável meio para se organizar encontros em torno de um ou de vários desafios de programação, neste ambiente, os alunos são motivados a participar e compartilhar suas habilidades de decodificação com os outros estudantes que estão participando para resolução de problemas.

A palavra Dojo é de origem japonesa e a sua tradução é entendida como “local de treinamento”, mas vamos agora associar esta palavra com o contexto de programação.

O Coding Dojo está associado, como vimos antes, a um local de treinamento, porém é um treinamento com códigos ou “local de treinamento de programação”. Os alunos treinam os códigos e aprimoram suas habilidades no Coding Dojo.

Este método ajuda bastante na aprendizagem, pois possui um formato ativo, em que o aluno participa ativamente da elaboração de códigos e assuma contato direto com a programação na prática, ao sair da teoria.

Este método é utilizado para elaborar projetos voltados à computação. As turmas pioneiras foram em 2009.

Falando de um forma mais simples, é como se fosse formado uma reunião e isso exige o comprometimento e presença de todos os envolvidos com a finalidade de todos estes programadores aturem de forma coletiva a partir de uma desafio de programação, por exemplo, como um problema algorítmico.

Os desafios são direcionados a um assunto específico que fará com que todos trabalhem de forma coletiva e pratiquem técnicas de programação para resolver o desafio proposto.

O desafio por ser versátil pode ser feito em empresas, escolas ou grupos de estudo que treinam programação

Amigo(a) leitor(a), sabia que baseado nesta ideia de realizar Coding Dojos, há alguns formatos usados, vamos conhecer:

  • Randori

Neste formato, conta com a participação na integra de todos. Para esta metodologia é apresentado um problema para ser solucionado, que é realizado somente em uma máquina, por pares. Neste caso o formato que é aceito é com o uso de testes TDD e Baby Steps;

Quem codifica chama-se “piloto”(sua função é digitar o código) e o seu par, quem está o acompanhando chama-se de “co-piloto” (sua função é apresentar dicas, interagir com a turma, comunicar-se com os demais alunos e esclarecer para a plateia o que fazem).

Neste caso, quando cada rodada pode ter duração de 5 ou 7 minutos. Em momento o piloto sai e vai para a plateia e o co-piloto passa a ter a responsabilidade do piloto e assume o comando que antes era do piloto.

Isso acontece ao mesmo tempo que o co-piloto passa a ser piloto e os demais alunos que estão na plateia passam a ser co-piloto.

Esse formato faz com que todos fiquem atentos ao que acontece na sala, pois a qualquer momento um deles será chamado para participar como piloto. Além disso, todos interagem constantemente.

Vale ressaltar que é a par, ou seja, a dupla que vai determinar que ações serão feitas para desvendar o problema.

Para concluir, é fundamental que os participantes (todos) compreendam a solução que vai ser contextualizada pelo piloto e co-piloto no encerramento de ciclo de implementação.

  • Kata

Nesta situação é o apresentador que traz uma solução, previamente elaborada.

A sua finalidade é bem simples, pois o que é preciso fazer é que todos os programadores estejam aptos, preparados para reproduzir a solução previamente elaborada, mas os participantes precisam realizar o mesmo resultado.

É válido destacar que as interrupções são aceitas a fim de que se esclareça qualquer dúvida em qualquer situação;

  • Kake

A sua metodologia se aproxima ao do Randori. Mas a diferença básica é que existem muitas duplas que estão resolvendo problemas ao mesmo tempo e não uma por vez.

Esse formato alterna as duplas em cada turno, por exemplo, as duplas que atuam pela manhã podem ir para a tarde ou noite, quando se faz isso, possibilita-se que todos se integrem no evento.

Após o final de cada Coding Dojo, é recomendado que os alunos realizem um feedback do que aconteceu. Para tanto, é necessário responder três perguntas:

O que aprendemos com o Coding Dojo de hoje;

O é preciso aprimorar para os próximos Coding Dojo;

O que foi feito de forma adequada que poderemos permanecer a fazer nos próximos Coding Dojo;

Fazer este levantamento ajuda a entender e filtrar tudo o que foi feito nos desafios e tirar bom fruto do que foi aprendido nesta metodologia para se tornar cada vez mais um profissional melhor na área.

Benefícios

Por meio do Coding Dojo percebemos um cenário convidativo para atrair pessoas, neste caso, estudantes de programação. Além de possibilitar novas ideias e motivar o networking.

Por ter esta característica de incentivar a criatividade e participação coletiva, várias empresas tecnológicas adotam Coding Dojos para que seus funcionários não somente se familiarizem com o local de trabalho, bem como passam a entender que não é um cenário competitivo e sim atrativo para compartilhar ideias e conhecimento.

Nesse sentido, os encontros são periódicos, porque, caso seja feito uma vez por mês, por exemplo, não terá a mesma aprendizagem que um encontro realizado com mais frequência. Não há uma tempo específico, vai depender da sua empresa, escola

Não podemos esquecer o Coding Dojo reuni várias qualidades como:

Cooperação (todos irão resolver os problemas criados, neste caso, os códigos e isso apresenta um ambiente colaborativo);

Coragem (observe que os alunos sairão do comodismo e serão confrontados com novos desafios);

Respeito ( quando um aluno resolve um problema, independente da forma como é resolvida, é necessário o respeito para a maneira como ele encontrou a solução, mesmo que você saiba outra alternativa);

Participação ( todos participam, o que faz entender que todos são iguais e que não existe hierarquia) simplificação ( o conhecimento é compartilhado com todos sem qualquer restrição).

Considerações finais

Como podemos notar, no Coding Dojo, em seus formatos apresentados acima, é apresentado por desafios para serem feitas mini tarefas.

Notem que temos a participação de todos da plateia ou turma para realizar uma solução igual para todos e o código é projetado pelo computador.

É pensando nisso que o Coding Dojo possibilita diversão, pois os programadores irão se deparar com novas linguagens, problemas e com isso solucioná-los.

Esse cenário faz com que todos saiam da zona de conforto e isso faz com que os programadores se adaptem a novos desafios no seu cotidiano e isso afete o seu trabalho diretamente com a Coding Dojos.

Referências

https://www.infnet.edu.br/rj/faculdade-52-coding-dojo-sabe-o-que-significa/

https://www.devmedia.com.br/o-que-e-o-coding-dojo/30517

http://ninjadolinux.com.br/coding-dojo/

https://www.infoq.com/br/articles/codingdojos/

One thought on “Coding Dojo: uma prática transformadora na computação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *